Com extensão total de 5,5 milhões de km², a Floresta Amazônica já foi um imenso monte verde com clima árido que não favorecia a formação de uma floresta tropical na América do Sul. Quando a América do Sul e a África formavam um único continente, não existia a Floresta Amazônica, pois as condições atuais mostram que ela veio sofrendo transformações no decorrer da história.
O ambiente que vemos hoje e a biodiversidade da Amazônia foram criados cerca de 6 milhões de anos, e suas características não são fruto somente das mudanças climáticas e das interações entre as espécies, mas de fatores geológicos, como a elevação de montanhas, como a Cordilheira dos Andes, localizada entre o Chile e a Argentina.
De acordo com o paleozoólogo Peter Mann de Toledo, da Coordenação de Observação da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2007, durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a vegetação da Floresta se alterou, pois antes de 20 milhões de anos atrás, a Amazônia possuía um clima árido e não tinha capacidade para a existência de uma floresta tropical. Há 6 milhões de anos a Amazônia criou condições para uma floresta como a que temos hoje, apesar de já existirem uma fauna/flora na região. Entre 24 e 12 milhões de anos atrás, grandes parcelas de água do mar penetraram a região. A bacia hidrográfica amazônica se formou há 27 mil anos, já o rio amazonas surgiu há 40 mil anos.
A última expansão de espécies, segundo Toledo, data de 4 mil anos devido ao equilíbrio das condições ideais para aparecimento da biota (conjunto de seres vivos que habitam e habitavam no ambiente). O que ele propõe para o problema é a existência de corredores de preservação (corredores ecológicos - são áreas destinadas a gestão da paisagem e a realização de projetos que tem por objetivo a preservação da diversidade biológica) algo que iria contribuir para observar as transformações das distribuições de espécies.
Colonização da Floresta Amazônica
Na época que os exploradores chegaram ao Brasil, eles ficaram admirados pela grandiosidade da Floresta Amazônica, denominando-a “Inferno Verde”, por causa do calor proveniente da mata e os perigos que seus expedidores encontraram durante a exploração. Havia riquezas e povos de culturas diferentes.
Inicialmente, a região da Floresta pertencia aos espanhóis por causa do Tratado de Tordesilhas, um tratado feito em 1494, no período colonial, pelo Reino de Portugal e o da Espanha para que fossem divididas as terras descobertas, ou não, fora da Europa.
No século XVII, os portugueses foram os primeiros (cerca de 2 mil pessoas) a se interessarem pela região, por causa da cobiça de outros países. Na época, a exploração de frutos como o cacau e a castanha representaram um impacto para as vendas internacionais.
A disputa entre Portugal e Espanha durou até 1750 e teve fim com o Tratado de Madri que estabelecia limites geográficos com relação as colônias na América do Sul. Aos olhos europeus, o início de sua colonização representou um paraíso perigoso, mas que era rentável tanto na comercialização de produtos da Amazônia quanto na exploração dos povos da Floresta.
Nesta primeira fase destacam-se esse interesse derivado da exploração dos recursos naturais amazônicos, frutos, madeiras consideradas nobres pela Corte, como exemplo o Pau-Brasil. Foi detectado uma dependência entre a Colônia e a Metrópole e a busca pela conquista e desejo de poder caracterizou as dominações e a importação da cultura portuguesa para a América do Sul. Esse fato definiu parte da cultura brasileira e representou para os primeiros habitantes um passado de escravidão e perdas.
Fonte:http://floresta-amazonica.info/floresta-amazonica/historia-da-amazonia.html
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